sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não-Futuro


Este Não-Futuro que a Gente Vive

Será que nos resta muito depois disto tudo, destes dias assim, deste não-futuro que a gente vive? (...) Bom, tudo seria mais fácil se eu tivesse um curso, um motorista a conduzir o meu carro, e usasse gravatas sempre. Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça. Tudo aconteceu a partir do momento em que eu perdi a noção dos valores. Todos os valores se me gastaram, mesmo à minha frente. O dinheiro gasta-se, o corpo gasta-se. A memória. (...) Não me atrai ser banqueiro, ter dinheiro. Há pessoas diferentes. Atrai-me o outro lado da vida, o outro lado do mar, alguma coisa perfeita, um dia que tenha uma manhã com muito orvalho, restos de geada… (...) 

Alberto Raposo Pidwell Tavares, in "Entrevista à revista Ler (1989)"

1 comentário:

  1. Vivimos en un mundo materialista, y cada vez se están perdiendo más los valores humanos, es una pena que así sea, pero es la realidad.

    Gracias por tus huellas en mi blog.

    Un beso.

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